A Psicologia Diante da Hospitalização do Paciente com Fibrose CÃstica
O paciente com Fibrose Cística que aderir aos cuidados necessários para lidar com a doença, pode garantir sua qualidade de vida. Na maioria dos casos, este paciente é tratado no âmbito domiciliar e ambulatorial, mas em outros específicos é necessária a sua hospitalização temporária, o que acarreta uma interrupção no seu ritmo de vida, afetando de alguma forma seu estado emocional. Fatores como afastamento do ambiente familiar, escolar e/ou profissional, isolamento, rompimento de laços afetivos e sociais, além das limitações que envolvem a própria doença e internação, interferem na recuperação do paciente.
O contexto hospitalar pode provocar no paciente várias reações, como tristeza, medo, revolta, insegurança, ansiedade, ressentimentos, baixa auto-estima e alteração na imagem do eu corporal. No início da internação o paciente pode expressar principalmente sentimentos negativos, mas com o avanço do processo terapêutico serão substituídos por atitudes positivas que seguem em direção a um reposicionamento frente a esta parte do tratamento. Porém, cada pessoa manifestará sua angústia e revelará variados sentimentos de forma particular. O que é sentido pelo paciente é da ordem do imprevisível e bastante subjetivo. A psicologia avalia cada caso, para a partir daí, operar no sentido de viabilizar junto ao paciente condições para enfrentar melhor este momento, visto que todos possuímos recursos que podem ativar nossos potenciais.
Ao considerar o paciente como único, o profissional de saúde estará dando significado à sua condição humana e propiciando uma operação na atitude do paciente, bem como também uma maior implicação dele no seu tratamento e recuperação, já que o mesmo se sentirá acolhido em sua dor. É de fundamental importância a presença de uma equipe multiprofissional que possibilite um tratamento adequado com foco no paciente.
Christianne Gonçalves dos Santos
Psicóloga/AMAM